sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Amigos do Futmesa


O Homem do Rifle

É difícil para nós botonistas definirmos o que de melhor podemos desfrutar praticando este esporte, mas com certeza somos unânimes em dizer que, mais importante que as competições ou disputas, são as amizades que cultivamos nestas andanças pelo Brasil a fora.
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Aproveito aqui para fazer uma homenagem a um destes amigos que é figura conhecidíssima dos circuitos botonísticos brasileiros. Trata-se do pernambucano Claribenor Freitas. Em um belo bate-papo no bar a beira da piscina do Recife Praia Hotel, na ocasião do XXXVIII Campeonato Brasileiro, podemos saber um pouco sobre a participação, do simpático amigo, na história do futmesa pernambucano e brasileiro.
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Claribenor, hoje com setenta anos, pratica o futmesa desde os sete anos de idade, tempo em que jogar botão era bem diferente do que nos dias de hoje: “Os botões eram feitos de chifre de boi e não eram padronizados, a bola esférica, variava muito, tanto no tamanho quanto ao material usado: barbante, papel alumínio, cortiça ou borracha. Não existia regra oficial. Adotava-se o leva-leva com variações de acordo com cada garagem, terraço ou mesmo sala, onde se estivesse jogando”.
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Desde então Claribenor nunca deixou de praticar o "jogo de botão", hoje conhecido como futmesa. Trabalhou no BANDEPE, onde começou como auditor interno em 1976 e chegou a ocupar o cargo de Chefe da Contabilidade Geral. Se aposentou em 1991 e, a partir daí, pode se dedicar ainda mais ao esporte.
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No futmesa, ostenta com orgulho a condição de ser o único campeão brasileiro individual de Pernambuco, título conquistado em 1997 em Aracajú, Sergipe, na categoria Sênior. Alvirrubro desde pequeno Claribenor escalou o seu time de coração, para ser campeão: “Desde 1996, adotei o time do hexa campeonato pernambucano”.
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Além deste título, fazem parte de sua galeria de troféus, entre outros, o de Vice-Campeão Pernambucano em 2000 e o 3º lugar no Brasileiro Máster em 2006, em Vitória no Espírito Santo.
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Jogando futmesa Claribenor também ficou conhecido pela alcunha de “O Homem do Rifle” em função da frase que costuma gritar quando marca gol com seu botão artilheiro Bita.
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“Ter um hobby é importante na vida de qualquer pessoa, além das grandes amizades que fazemos, a prática alivia o stress do lado profissional”.
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"Tenho verdadeiros irmãos em diversos estados"
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Além de praticante, Claribenor também teve participação importante como dirigente do futmesa pernambucano e brasileiro. Seis anos Presidente da Federação Pernambucana de futmesa, também ocupou os cargos de Vice-presidente e Diretor de Marketing. Criou o Recifumesa, evento amistoso, interestadual, aberto, que este ano terá sua 13ª edição. Na Confederação Brasileira de futmesa ocupou a função de Coordenador Técnico da Regra Brasileira em 2006/2007 quando iniciou um belo trabalho de reorganização e formatação da regra brasileira um toque que, segundo ele, ainda precisa de correções para ser uma “regra ideal”.
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Com tantos anos de futmesa, Claribenor lembra algumas figuras de destaque na história do esporte: “Os baianos Roberto Dartanhã e Oldemar Seixas juntamente com o gaúcho Adauto Sambaqui que sistematizaram a regra e lutaram muito na sua implantação e consolidação; e  o baiano Jomar Moura, meu amigo, que deu a vida pelo futebol de mesa como grande campeão, dirigente e divulgador”.
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No último brasileiro, Claribenor premiou o amigo Batatinha.
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Outro que Claribenor não poderia esquecer foi Ivan Lima, o locutor esportivo conhecido como "Gandulão de Ouro". Seu saudoso amigo, baiano de nascimento mas pernambucano de coração, foi o responsável pela introdução da regra "um toque" em Pernambuco: "Em uma de suas viagens a Bahia ele conheceu a regra através do Oldemar Seixas e de imediato trouxe a regra e times para Recife. Como ele gozava de muita audiência no rádio difundiu a regra e o esporte facilmente na cidade".
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"A regra atual precisa de correções para ser a regra ideal"
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Em relação à separação das competições das modalidades “liso” e "livre" (cavado), a opinião de Claribenor é a seguinte: “Sempre achei que se exigir dos estados do nordeste, que realizem o brasileiro da modalidade livre é o mesmo que exigir do Brasil a realização dos Jogos de Inverno. Não tem nada a ver. Em Pernambuco, por exemplo, a categoria livre foi extinta em 1993, de forma natural e espontânea,  por absoluta falta de interessados na mesma. No brasileiro deste ano além de Pernambuco, estado anfitrião, não tiveram representantes os estados da Paraíba, Alagoas e Sergipe. Tivemos que danificar alguns de nossos campos, lixando-os, para satisfazer exigências daqueles que não gostam que os botões corram. É cultural, não gostamos nem de ver jogo de botões cavados. Acho que a realização dos campeonatos de livre apenas nos estados que adotam a modalidade, além de baratear custos vai possibilitar que aqueles que jogam as duas modalidades possam participar de brasileiros de ambas”.
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Claribenor valoriza sua família, seus amigos, aprecia esportes em geral, uma boa música, além das diversas e ricas manifestações culturais pernambucanas, como o Carnaval e as festas de São João.
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Em relação à importância do futmesa para sua vida Claribenor ressalta: “A oportunidade que o esporte nos dá de fazer amigos. Eu tenho verdadeiros irmãos, em diversos estados, que eu nem conheceria se não fosse o esporte”.
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"As oportunidades que o esporte nos dá de fazer amigos"




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