sábado, 28 de janeiro de 2012

Nossos Botões

Outro dia na publicação sobre o Lenine Macedo de Souza, o criador da "Regra Gaúcha" citamos, os "Botões LIONE", fabricados por ele com "pelopás" e os "Botões SCHARLAU", fabricados em grande escala nas décadas de 50 e 60 em Porto Alegre RS.

Pois não é que descobri, aqui mesmo em Cascavel, que nosso companheiro de AFUMECA, Adi "Deco" Degani, teria em sua riquíssima coleção de botões da Regra Gaúcha, alguns exemplares LIONE e SCHARLAU! Estes botões tem com certeza mais de 50 anos de fabricação e agora entram para nosso "Museu Virtual" e passam a fazer parte da história do nosso esporte.

Pois é! Então para você, que como nós é apaixonado pelo jogo de botões, vamos publicar as fotos destes exemplares tão raros e valiosos:

Botão LIONE de Adi "Deco" Degani

Goleiro LIONE feitos com "pelopás" na fábrica de Lenine

Verdadeiras relíquias da Regra Gaúcha



Aqui um time completo dos Botões SCHARLAU, de osso


No detalhe a marca SCHARLAU

Time de osso comuns na época

No detalhe os furos revelam o aproveitamento de um botão de roupa

Mais uma raridade da coleção de Deco Degani

Parte da coleção de Deco Degani, verdadeira raridade


Este exemplar foi fabricado pelo pai de Deco, seu Adi Reis


Seu Adi Reis fabricou os primeiros botões para os filhos Deco e Alex Degani

Este exemplar é da "Casa Badejo" de Rio Grande RS



Exemplar dos tempos que Ivan Ribeiro fabricava botões da Regra Gaúcha



Este, segundo Deco, foi fabricado em Rivera no Uruguai 



Botões Amaurí também de Rio Grande

Este leva a assinatura do campeão Alex Degani


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Arquivos do Futmesa Brasileiro (2)


Oldemar Seixas

Dando continuidade com nossos “Arquivos do Futmesa Brasileiro”, hoje faremos nossa homenagem a outro baluarte do futmesa brasileiro, o baiano Oldemar Seixas.


Incansável na divulgação e difusão do esporte por todo nosso país, Oldemar usou de seu prestígio e respeito como repórter e radialista esportivo para trazer muita gente para o futmesa. 
Assim como Lenine Macedo de Souza, Oldemar Seixas foi um dos que mais contribuiu para a criação da “Regra Brasileira”. Foi ele, juntamente com Ademar Carvalho, que encantou os gaúchos em 1966, naquele torneio organizado pela Liga Caxiense onde fizeram uma partida demonstrativa da “Regra Baiana”. No ano seguinte na Bahia, juntamente com seus conterrâneos Ademar Carvalho, Nelson Carvalho, Roberto Dartanhã e com os gaúchos Sambaquy e Gilberto Ghizi, criou a “Regra Brasileira”.

Oldemar recebe Sambaquy e Ghizi na Bahia para criar a "Regar Brasileira"

Como técnico de futmesa, Oldemar foi Campeão Baiano várias vezes e disputou a semi-final do primeiro Campeonato Brasileiro em 1970, quando dividiu o terceiro lugar com José Santoro Bouças (Pepe). Participou de diversas competições regionais e nacionais, como técnico e coordenador, contribuindo de forma extraordinária para o desenvolvimento técnico do esporte no Brasil.

Nesta foto, na ocasião da realização do congresso técnico que antecedeu o Primeiro Campeonato Brasileiro, em 1970, Oldemar distribui algumas flâmulas para os amigos Sambaquy, Ivan Lima (Pernambuco) e João Mury (Rio de Janeiro).

Sambaquy, Ivan Lima, João Mury e Oldemar Seixas

Em 1979 no Campeonato Brasileiro em Vitória (ES), Oldemar chegou a ser reconhecido como “O Pai do Futebol de Mesa Brasileiro”.

Oldemar no Campeonato Brasileiro em Vitória ES, 1979,
era considerado "O Pai do Futebol de Mesa Brasileiro"

Como jornalista, mostrou ao resto do Brasil o futebol de mesa que era jogado na Bahia, através da “Revista do Esporte” do Rio de janeiro, na reportagem “Bahia dá Lições de Futebol de Botão”. Também publicou artigos sobre o esporte na revista “Futebol e Outros Esportes", de São Paulo e em sua coluna semanal no jornal "A Tarde" de Salvador. Apesar destas publicações, sua atividade principal sempre foi o rádio onde desempenhou as funções de locutor esportivo, narrando, comentando jogos e participando de debates esportivos. Sua menina dos olhos foi o programa que criou: "Bahia, Campeão dos Campeões" onde diariamente, com sua equipe, tornou-se porta voz de seu clube de coração.

Graças ao seu prestígio como jornalista, Oldemar também conseguiu reunir muita gente famosa ao redor das mesas. Nesta, além do saudoso Jomar Moura e de Cezar Zama, nada mais nada menos do que o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda.

Chico Buarque de Holanda foi um dos famosos que enfrentou Oldemar

Nesta outra Oldemar desafia o grande craque do Cruzeiro de Belo Horizonte e da Seleção Brasileira da década de 70, Dirceu Lopes. Outro famoso que esteve ao redor da mesa com Oldemar foi o grande humorista Chico Anísio, declarado amante do futmesa. Nestas duas fotos também podemos ver outra figura conhecidíssima no futmesa, o saudoso, também baiano, José Aurélio, maior fabricante de botões da Bahia que hoje empresta seu nome a uma associação do futebol de mesa baiano.

Aqui Oldemar bate uma bolinha com o craque Dirceu Lopes

Chico Anísio e Oldemar, dois gigantes na mesa

Em 2009 o programa deixou de ser patrocinado pelo clube e saiu do ar colocando Oldemar em uma situação econômica bastante delicada, pois passou a viver, com mulher e filha, apenas com uma aposentadoria especial que recebe do INSS. Sua situação só não ficou pior graças à ajuda de amigos como Sambaquy que, além de pessoalmente contribuir financeiramente, iniciou através do site “Futmesa brasil.com” uma campanha para que outros amigos também pudessem contribuir e ajudar nas despesas de Oldemar e família, principalmente com medicamentos, aluguel e alimentação. Felizmente muitos amigos, alertados pela publicação de Sambaquy, acorreram e ajudaram-no a levantar-se novamente.

Hoje com 76 anos, Oldemar surpreso, agradece aos amigos pelos depósitos efetuados em sua conta corrente e, com sua equipe composta por Dr. Reinaldo Machado, Rosalvo Castro e Lourival Goes, consegue retornar com seu programa de rádio. O programa, com o mesmo nome de sempre, vai ao ar todos os domingos das 11h as 12h, na Rádio Cristal AM 1350, do grupo Boa Vontade de Rádio Difusão. O próprio Esporte Clube Bahia está ajudando a patrocinar o programa! O programa teve sua importância reconhecida pelo próprio presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, que inclusive lembrou ter a mesma idade que o programa. Vejam bem a importância do trabalho desse amigo que, “como radialista foi um excelente botonista”. Mas nosso amigo não está de todo satisfeito... Quer voltar a ter o programa diáriamente! Temos certeza que com o apoio dos amigos e do E. C. Bahia Oldemar conseguirá mais esta vitória em sua vida. 

Nesta imagem uma homenagem de Milton Neves a Oldemar no seu site "Terceiro Tempo":


Oldemar já não joga com freqüência, mas continua sendo um dos maiores nomes do futmesa brasileiro. Já adiantou que estará dando cobertura ao 39º Campeonato Brasileiro que será realizado em Salvador, no mês de novembro desse ano. Temos certeza de que levará muitos amigos e técnicos para participar de seu programa durante o evento e, graças a internet, muitos poderão acompanhar as notícias do evento através da Radio Cristal AM 1350.

Ligue para Oldemar!


Para quem desejar conversar com Oldemar, o que o deixaria muito feliz, basta ligar para ele, aos domingos pelos telefones (71) 3421 6315 ou (71) 3421 6300 e pedir para entrar no ar, ao vivo, no programa “Bahia Campeão dos Campeões”.

Um grande abraço ao nosso grande Oldemar Seixas e sua família. Que Deus os abençoe!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Em defesa da juventude, em defesa do futmesa!

Num tempo onde os jogos eletrônicos e vídeo games arrebatam verdadeiras legiões de jovens que verdadeiramente se enclausuram em seus quartos na frente de televisões e computadores, muitos esportes vem perdendo espaço e vendo seu futuro em risco.

Para que esta ameaça não atinja nosso futmesa precisamos ser cada vez mais criativos na busca de alternativas para divulgá-lo e promovê-lo. Tarefa difícil frente a desigualdade bélica entre os eletrônicos e os nossos botões. Enquanto os eletrônicos bombardeiam nossas crianças com seu verdadeiro, potente e versátil arsenal de sons, imagens e interatividade, nosso futmesa continua mantendo suas características ao longo dos anos. Seu vínculo primário ao futebol de campo, paixão nacional, a necessidade de estratégia e de técnica na execução das jogadas são os atributos que nos seduzem e nos fazem manter a tradição deste espote já quase centenário no Brasil.

Me parece inegável que os benefícios da prática do futmesa, em relação a dos eletrônico, são muito maiores para adultos e principalmente para crianças. Esta mistura lúdica de habilidades e emoções do futebol, da sinuca e do xadrez já seriam suficientes para justificariam meu parecer mas, seguramente, o que de mais valioso vejo no futmesa é a promoção da socialização! Enquanto os eletrônicos transformam nossos jovens em verdadeiros "servos", absorvendo seu tempo e reduzindo drasticamente suas oportunidades de relacionamento interpessoal, o futmesa aproxima as pessoas de uma forma espetacular, promovendo uma verdadeira "net" de amizades e fraternidade.


Graças aos eletrônicos, temos muitas crianças e adolescentes alienados de tudo! A começar pela própria família! Não têm mais tempo nem vontade de estar com seus pais, o diálogo torna-se quase que impraticável e acabam sendo educados por suas máquinas. Sobre as consequências desta realidade, melhor argumentação devem ter os psicólogos e psicanalistas mas, na minha visão veterinária, isto é terrível para a sociedade.
Que tipo de homens e cidadãos serão nossos jovens eletronizados?
Serão eles nossos governantes, nossos políticos, nossos juízes? Que contribuição poderão dar a sociedade?

É claro que não podemos generalizar mas, é certo que, infelizmente, muitos jovens estão sendo aliciados eletronicamente e vivendo nesta condiçõe de escravidão. Trocam a noite pelo dia para satisfazerem seus desejos e acabem se distanciando cada vez mais de sua família e de seus amigos. Sem pai nem mãe, sem amigos, sem namoro, sem ninguém não virtual, sem ninguém de verdade! Dificuldades na escola, depressão, drogas e a inevitável dessocialização são o salário de muitos destes jovens.

No futmesa a coisa é diferente! O isolamento mórbido da lugar à convivência fraterna, a frieza da clausura da lugar ao calor das amizades, a tristeza dá lugar a alegria e o virtual da lugar à realidade!
É evidente que o futuro de nossos jovens depende de muitos outros fatores mas, se queremos uma sociedade fraterna, devemos estimulá-los a realizarem atividades que promovam esta qualidade. O futmesa, com segurança, é uma delas e, se sozinho não é definitivo, particularmente pode contribuir para um futuro melhor para nossos jovens.

O certo é que: o futuro do futmesa depende de nossas crianças!


Foi com a intenção de divulgar e promover nosso esporte que realizamos a oficina de futmesa, paralela ao nosso Torneio de Verão em parceria com o JL Shopping. Nesta ocasião podemos perceber o quanto algumas crianças ficaram encantadas com o futmesa, para muitas um esporte desconhecido. Também podemos presenciar a alegria dos pais jogando com seus filhos, algo raríssimo nos eletrônicos mas comum no futmesa. Muitos se comprometeram em dar continuidade na prática do esporte em nossa sede junto ao SESC. Semeamos agora e esperamos em breve colher os frutos desta iniciativa.


Salve o futmesa e salve nossas crianças!

Mais fotos de nosso evento: